terça-feira, 6 de julho de 2010

Piometra: nenhuma cadela está a salvo!

Oi, gente!
Estou tensa, minha cadelinha Xuxinha Vida, teve sua 1ª cria em Maio, tudo correu bem...as 3 meninas...Marias como as chamavas são super saúdavéis! Mas desde que ela criou saia um liquido avermelhado, muito pouco pensava ser que seu organismo estava limpando...pois desconhecia A PIOMETRA, ela fez exame de sangue a pedido da veterinaria, e hoje levo minha pequena fazer ultra som...pelo exame de sangue tudo indica que seja piometra, mas eu torço que o ultra som não confirme, pois se confirmar ela terá que fazer cirurgia, e retirar o útero! ela é tão pequeninha e delicada...mas graças a Deus, ela está como sempre agitada, se alimentando bem...correndo pra lá e prá cá..!
Bom, daqui em diante vai o alerta pra vcs!

Piometra: nenhuma cadela está a salvo

Fatal se não tratada a tempo, a piometra não escolhe idade, raça ou porte


Parecia ser um dia normal. A administradora de condomínios Maria Inês Bonagura, de São Paulo (SP), chegou em casa depois de um dia de trabalho e foi recebida normalmente por Melody, sua cadela da raça beagle. "Ela é daquele tipo de cachorro que cola quando está com algum problema. Nesse dia, sentei para usar o computador, e ela, ao contrário de deitar na cama e ficar me espiando, deitou ao meu pé", lembra. Melody tremia muito, mas como é friorenta, Maria Inês a embrulhou em um endredon e tentou aquecê-la.


"No dia seguinte, levei-a à veterinária, mas como ela estava brincalhona e agitada como de costume, disse que não era nada. Deixei-a em casa e fui trabalhar. Só que à noite, quando voltei, foi a mesma coisa, da tremedeira". Logo de manhã, as duas voltaram à veterinária e Maria Inês solicitou que a veterinária encaminhasse a cadela para um raio X para certificar de que nada de errado estava acontecendo. Com o raio X, voltou à veterinária e naquela mesma tarde, Melody foi operada. Era um processo infeccioso chamado piometra, que se não tivesse sido tratado a tempo, poderia ter levado a beagle à morte.

Como acontece
A cadela, por algum distúrbio hormonal, começa a produzir progesterona (hormônio sexual feminino) e esse excesso leva a uma alteração das células da mucosa uterina. Com isso, ocorre o acúmulo de grande quantidade de líquido dentro do útero. Segundo Sílvia Crusco, normalmente a piometra acomete a cadela no diesto (período de 60 dias após o cio).

"Esse líquido acaba se contaminando, determinando a piometra", explica a veterinária Neísa. "Por causa do acúmulo, a infecção normalmente não responde bem ao tratamento com antibióticos, já que o líquido presente continuaria "alimentando" a infecção. Além disso, o emprego de antibióticos locais é de pouca valia, pois o formato do útero das cadelas (em "Y") impediria que a lavagem chegasse a todo o útero", explica.
"Além disso, muitas vezes, temos a piometra fechada, onde uma parte mais densa da vagina (o cevix) se encontra fechada, impedindo assim a introdução de uma sonda para lavagem. No caso de Melody, que foi uma piometra fechada, o quadro foi mais complicado, pois além de não ter o corrimento, que teria facilitado à dona da cadela detectar o problema, não teve eliminação do material purulento. Esse material retido dentro do útero aumenta a gravidade do quadro", diz.
"Se a Melody não tivesse sido operada naquele mesmo dia, ela poderia ter morrido, pois o caso era tão grave que no raio X já aparecia", diz. "Se a cadela não for operada a tempo, dificilmente sobrevive", observa a médica veterinária Sílvia Crusco, de São Paulo (SP). "Isso acontece porque a infecção que antes era uterina acaba se generalizando por todo o organismo. Temos aí uma sobrecarga renal, o que torna a cirurgia tardia mais arriscada", confirma a médica veterinária Neísa Lourenço, de Juiz de Fora (MG). Segundo ela, por meio do raio X é possível fazer apenas um diagnóstico presuntivo, que deve ser sempre analisado juntamente com o quadro clínico e com o hemograma, pois há um aumento considerável e característico no número de leucócitos (células de defesa). A ultrassonografia talvez seja o melhor método para confirmação da suspeita clínica", explica a doutora Neísa.


Sintomas


O pior é que nem sempre fica fácil identificar os sintomas da piometra. Se a piometra se manifestar de forma "aberta", é possível perceber um corrimento. "Esse corrimento normalmente se apresenta purulento, grosso, mal cheiroso, e muitas vezes com sangue. Já se a piometra for fechada, não teremos o corrimento e só veremos os sintomas da fase posterior, já de intoxicação orgânica pela infecção uterina", diz a doutora Neísa. Nessa fase, o animal apresenta um aumento no volume e no número de vezes em que a cadela urina, bem como aumento no consumo de água. "A cadela fica apática e pode ainda apresentar febre, vômito e cólicas, além de algumas vezes percebermos um aumento abdominal", acrescenta a doutora Sílvia.


Castrar para prevenir


Apesar da maioria dos casos se manifestar em cadelas a partir dos cinco anos de idade, a piometra pode atingir animais mais jovens. Além disso, por atingir mais cadelas que nunca tiveram cria, há uma mentalidade errônea que induz as pessoas a cruzar suas cadelas para evitar a doença. "Melody teve piometra dois anos depois de sua primeira cria", diz Maria Inês. Acasalar a fêmea a fim de prevenir a infecção não é um método garantido. "A única prevenção eficaz é realmente a castração. Aliás com ela, pela retirada do útero eliminamos de vez o risco da piometra e diminui também o risco de tumores de mama", diz a doutora Neísa.
>>>O tratamento para a doença é a cirurgia para retirada do útero e ovários. "Já presenciei cura de piometra com homeopatia, mas como muitas vezes não temos como arriscar um tratamento, muitos veterinários homeopatas acabam indicando a cirurgia", conta.



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